As organizações foram confrontadas com um novo paradigma competitivo devido à crescente heterogeneidade dos mercados, das necessidades cada vez mais específicas dos consumidores, à redução significativa dos ciclos de vida dos produtos, ao aumento do poder e das exigências dos clientes, à necessidade de produzir em pequenas quantidades para responder a nichos de mercado, entre outras.
A generalidade das indústrias que utilizavam um modelo de gestão baseado na produção em massa, tiveram de adoptar um novo modelo: customização em massa. Sectores automóvel, tecnologias da informação, telecomunicações, banca, seguros, bebidas, cosmética, entre outros, fizeram progressivamente essa passagem.
A constante fragmentação do mercado em nichos, com necessidades muito específicas e com graus de exigência crescentes, leva as empresas a diversificarem o seu portfólio, a customizar a sua oferta e a responder, de forma rápida ao mercado, o que lhes exige elevados níveis de flexibilidade, procurando manter, no entanto, níveis de rentabilidade elevados.
O novo paradigma de gestão, a customização em massa, visa atingir níveis elevados de desempenho global, nomeadamente em termos de baixos custos, mas garante a diversificação de produtos e serviços requeridos pelo mercado, assegurando elevados níveis de satisfação dos clientes, com o main goal de os fidelizar às marcas.
Esta mudança exige das organizações duas core competences:
Consistência e capacidade de adaptação.
Consistência na resposta ao mercado, suportada por uma forte solidez interna;
Capacidade de adaptação às constantes mudanças do meio envolvente.
A consistência é suportada pela missão, pela visão do futuro, pelos valores e pela cultura organizacional. Matriz para o Desenho Organizacional, o qual permite unir os colaboradores em torno dos fatores críticos de sucesso, e em épocas de maior turbulência.
A capacidade de adaptação, exige uma elevada flexibilidade organizacional e rapidez de resposta aos desafios que lhes são colocados, pelo meio envolvente, o que implica que as empresas tenham que viver num estado de tensão criativa e alerta permanente, de forma a responderem eficazmente em duas frentes:
Aos Clientes Externos e Internos.
Aos Clientes Externos antecipando as suas necessidades, respondendo com produtos e serviços de qualidade, dentro dos prazos requeridos e a preços razoáveis e competitivos;
Aos Clientes Internos, principais agentes de mudança, de adaptação, com capacidades assertivas de resposta adequada às expectativas dos clientes externos.
É neste ponto de viragem que se reafirma a organização gerida por processos, em que as áreas funcionais deixam de ser vistas como unidades verticais isoladas, e com fronteiras bem definidas, para se tornarem em grupos flexíveis e interligados de fluxos de informação, que atravessam horizontalmente as unidades de negócio.
Os knowledgeworkers de Peter Drucker, têm como missão gerarem relações e saberem utilizar as informações e as tecnologias para criar valor e reduzir custos.
O Desafio da adaptação do trabalho na Era Digital e da transformação que está a acontecer, vai passar por se conseguir converter Conhecimento Criativo e Inovador em Conhecimento Prático.
“Winning in the digital economy requires new rules, new roles and agile combination of physical and digital resources.” Bruno Berthon, Managing Director Accenture Strategy, Digital Strategy
Transformação Digital e a sua Influência no modo como se encara o Trabalho:
Oportunidades e Constrangimentos
Oportunidades de crescimento e inovação, o que obriga as organizações a repensarem o seu posicionamento no mercado e a agirem para os eixos da competitividade.
Constrangimentos, a massificação da personalização e a possibilidade de fossilização.
Uma das maiores virtudes da era digital é que cada pessoa pode ser tratada de forma personalizada, em função das suas características, necessidades e expectativas. Estão actualmente criadas as condições para o que se chama, massificação da personalização.
Esta estratégia aborda o mercado em segmentos de “UM” elemento, personalizando a sua abordagem comercial, desde a formatação do portfólio de produtos ou serviços até à comunicação efectuada.
A fossilização requer atenção porque a rapidez com que tudo acontece no mundo digital faz com que alguns sectores de actividade tenham de repensar rapidamente a sua evolução estratégica, sob pena de deixarem de existir muito em breve.
High Performance Skills
As pessoas, em geral, particularmente nas empresas, terão de ser formadas, com regularidade e consistência, nas Critical Skills. Em Criatividade, Inteligência Emocional, Comunicação, Pensamento Crítico e Diferencial, Customer Centric, Marketing and Business Intelligence, entre outras. Assim como em novos skills que vão surgir de novas áreas, funções e tarefas que vão ser desenhadas.
Design Thinking Model
A tendência será desenhar Fluxogramas Funcionais com Micro Áreas de Especialização. A especialização das áreas, subdivididas em vários níveis de especialização, vai permitir uma rápida disseminação da informação para adequação de rápida resposta ao in put de chegada.
Agora sim podemos começar a mudar a forma como o trabalho terá de se adaptar às transformações digitais. Agora SIM! Porque as transformações digitais já começaram.
Carla Freitas
Senior Trainer / Consultant Psychologist
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