O conceito de Coaching, para mim, inclui ajudar a pessoa a aprender em vez de a ensinar.
O Coaching pensa nas pessoas em função do seu potencial e não do seu desempenho, desbloqueando o potencial da pessoa, para que esta maximize o seu próprio desempenho. E um dos conceitos de Vendas que mais gosto é aquele que refere que vender é ajudar alguém a tomar uma boa decisão.
Se misturarmos os dois conceitos, podemos dizer que o Coaching em Vendas é ajudar as pessoas a desenvolver o seu potencial para ajudar outras pessoas a tomar boas decisões.
Como formador agradeço ao jogador Éder (como português vou-lhe estar sempre agradecido) pela promoção que deu ao Coaching, melhor do que o trabalho de qualquer associação do tema. Mas este assumir de responsabilidade pelo sucesso por parte de 3ºs (3ªs neste caso…) dá-me vontade de rir: eu conheço umas 10 pessoas responsáveis pela chegada do CR7 ao futebol e nenhum responsável pela saída do Paim…
Se o Éder tivesse chutado e falhado o couro maldizente daqueles que agora vão dar o nome Éder aos seus próximos 3 filhos não desaparecia, nem com a luva de brilhantes do Michael Jackson, quanto mais com uma luva branca a dizer Respect…
Se o Raphaël Guerreiro tivesse marcado o (merecido) golo no livre não tínhamos ouvido o locutor da RTP 1 dizer “ÉÉÉder! Quem diria…?”.
O Éder é um rapaz humilde que merece respeito e sucesso, resultado do seu trabalho. Desejo-te que marques mais golos (e se forem decisivos melhor) mas não atribuam aquilo que faz como produto da autoconfiança gerada pelo processo de coaching: é a sua função em campo e ele cumpre-a ou não, consoante a bola entra na baliza (nas vendas consoante se fecha ou não o negócio…).
No beautiful game, a bola é redonda e as modas vêm e vão. Nas relações comerciais existem bases que, de acordo com a minha experiência, são fundamentais e têm de estar no potencial do vendedor para o coach as “ir buscar”.
O Coaching é útil para a vida e para todas as profissões mas, como responsável por uma bola entrar na baliza temos a força do remate, a técnica, o vento, o pé, a bota, a relva, os adversários, o guarda-redes, etc. ou seja temos de ser proactivos: Just Do It!
Eu acrescento: But Do It Right! E aqui é que o Coaching entra. Nas Vendas e fora delas!
Esta é a minha opinião. Existem outras…
Assinado: o Único Português que desde o início não acreditou que íamos ser Campeões! (Mas que sempre acreditou no Coaching em Vendas…) 😉
Mário Marques
Consultor e Formador nas áreas de Marketing, Gestão e Comercial.
Docente universitário em Licenciaturas, Pós-Graduações e EMBA em Marketing, Comunicação e Gestão, particularmente nas áreas do Turismo e do Futebol.
Deixe uma Resposta