GESTÃO EFICIENTE DA FROTA – O QUE (NÃO) FAZER

Os grandes jogadores de futebol correm muito? Disputam todas as bolas? Estão em todo o lado e em qualquer momento? A ponta de lança e a guarda-redes? Não vamos divagar sobre futebol, nada disso. Apenas, evidenciar, que saber o que se faz e porque se faz é o início da resposta ao problema ou problemas.

Participamos num processo de gestão que se defronta com o desafio da mobilidade constante como factor indispensável para satisfazer as necessidades do cliente. Não uma mobilidade indiferenciada mas sim uma mobilidade específica e condicionada.

Específica, porque responde a necessidades distintas dos clientes externos e das premissas internas da realização do serviço. Condicionada porque enquadrada em normas legais e em normas internas de gestão dos recursos humanos e da eficácia e eficiência económica / operacional.

Num universo de cem empresas, dos mais diversos sectores, empresas com centenas de colaboradores e dezenas de viaturas até as micro empresas, a esmagadora maioria delas tem uma viatura, varias viaturas, e em momentos diferentes “chocam” com decisões operacionais diárias e confrontam-se com decisões estratégicas regularmente. Mas, chocam com essas decisões pois não definem previamente e de forma “clara e distinta” o que se pretende obter como retorno dessa acção.

As frotas de uso particular e comercial  circulam por motivos, em regra, históricos e alheios ao, bom, desempenho de uma actividade.

O Gestor quando confrontado com a existência de um parque automóvel na sua empresa não deve “chocar” com a realidade e decidir implantar um modelo de gestão que conheceu, vivenciou num qualquer outro contexto de gestão. A aproximação a gestão da frota passa por identificar claramente o que faz/ vende a companhia e em que medida a frota num todo e cada unidade (viatura) em particular contribui para esse objectivo.

Não deve o Gestor mergulhar em rácios de consumo de combustível e outros serviços, inundar-se de rácios de visitas a clientes, de análises comparativas internas e com a concorrência. Então o que deve fazer o Gestor?

O Gestor desenvolve um diagnóstico de necessidades da existência da frota alinhada com as necessidades do serviço ao cliente. Elaborar uma análise da maturidade do processo / modelo de aquisição e uso da frota. As necessidades aqui expressas são aquelas que o serviço ao cliente exige, nada mais.

A seu tempo o Gestor será confrontado, ou sendo politicamente correcto, informado das nuances, isto é, das condições para-operacionais que ocorrem em muitas empresas. O Gestor não pode permitir que a “ideia clara e distinta”, centro da racionalidade, seja “ alvo de um processo de ocultação“ perante realidades de natureza não operacional. Se assim não for a concorrência fica em melhores condições de conquistar os nossos, por enquanto, clientes.

O Gestor deve elaborar um quadro operacional claro e preciso da sua frota, será esse o seu ponto de partida. Depois seguem-se outros problemas  mas a visão global e extensiva da “cadeia de problema” não pode significar “passar ao lado “ do problema imediato. A definição da boa solução é o foco do Gestor e não a “perpetuação em tons moderados” do problema.

José Fragoso Henriques

José Fragoso Henriques
Director de operações/serviços e consultor em várias empresas da área de logística e Transportes, com mais de 30 anos de experiência como consultor, quer ao nível nacional quer internacional.

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